O Grupo de Pesquisa “Lavouras Xerófilas” é composto por Professores, Estudantes de Graduação e Pós-Graduação, Pesquisadores, Profissionais Autônomos e Produtores do Semi-Árido Nordestino. A idéia foi criar um Grupo de Pesquisa, reunindo pessoas interessadas em estudos relacionados ao desenvolvimento regional, aos aspectos ambientais, as espécies vegetais da Caatinga com potencial de utilização, sejam como forrageira, alimentação humana, planta ornamental e produtos fármacos e condimentares. Seus integrantes se reúnem, quinzenalmente para discutir temas vinculados ao desenvolvimento sustentável do Semi-Árido Nordestino, as linhas de pesquisa, projetos e metodologias mais adequadas a esta região.

Para o Grupo, Lavoura Xerófila é entendido como um processo de manejo agrícola que trata as plantas da Caatinga com potencial de utilização pelo homem, como uma cultura regular, ou seja, onde no seu cultivo são adotadas todas as práticas agronômicas essenciais para o seu desenvolvimento, produção e utilização dos seus produtos.

Comumente os agricultores perdem a safra de culturas, como milho e feijão, já que estas são muito mais exigentes em água do que o cultivo de plantas já adaptadas ao ecossistema do semi-árido. As plantas xerófilas, tais como a Palma, Maniçoba, Jureminha, Lã de Seda, Feijão Bravo já são consideradas como forrageiras de grande potencial para a pecuária. Da mesma forma, plantas como Umbuzeiro, Licurizeiro, Murici, Quixabeira, também, tem grande potencial de utilização na alimentação humana e na agroindústria.

O Grupo tem um olhar diferente para o semi-árido, pois considera uma região de grande potencial; o que falta é conhecer o que este ecossistema, com suas diversidades, têm a oferecer ao homem. Para nós, nas áreas onde não há possibilidade de irrigação, deve-se adotar o cultivo de plantas que tenham o menor risco de perdas de produção, e naquelas aonde a agricultura é de sequeiro, utilizá-las com o cultivo de plantas xerófilas da Caatinga, como lavoura regular.

A missão do Grupo é oferecer ao homem que vive no semi-árido uma possibilidade de explorar a riqueza da flora da Caatinga, em harmonia com o meio ambiente e preservando sua sustentabilidade.

Estamos convictos que muito pouco temos a inventar, mas muito por aprender com a própria natureza da nossa região.