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Pesquisadora do CCA participa de reportagem do Jornal Nacional sobre animais em extinção

por Ivandro Candido publicado: 23/03/2022 10h54, última modificação: 23/03/2022 10h54

Estudos e reportagens apontam o Brasil como o país com maior biodiversidade do mundo, por ter em seu território biomas ricos em espécies animais e vegetais como a Amazônia, a Mata Atlântica, o Cerrado e o Pantanal. O Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB) aponta 116 mil espécies, o que representa 9% da fauna mundial.

No entanto, parte deste verdadeiro tesouro está sendo ameaçado pela extinção. O número de espécies em extinção dobrou em oito anos. Em 2014, ano do último levantamento, eram 698. Hoje, a lista preparada pela Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) tem 1.399.

A Professora Dra. Luciana Gomes Barbosa, do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais/CCA/UFPB, participou recentemente de reportagem realizada pelo Jornal Nacional acerca deste tema. A docente nos relatou que o aumento do número de espécies ameaçadas de extinção no Brasil na lista recém elabora, quando comparado com à lista de 2014, causou um cenário de muita preocupação entre estudiosos (as), jornalistas e  membros da sociedade em geral, embora se trate de uma pré-lista. A relação elaborada pela Conabio ainda vai passar pela avaliação do Ministério do Meio Ambiente antes de ser oficialmente publicada, podendo ser ainda maior porque ainda não inclui os dados do ano passado, ressaltou Luciana.

Reeleita presidente da Associação Brasileira de Limnologia e Coordenadora do grupo de trabalho e meio ambiente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Luciana Barbosa conta que “existe uma grande preocupação dos profissionais da área em relação ao atual cenário de desmonte de políticas ambientais nas várias regiões, como a Amazônia e de vários outros biomas. A degradação da região costeira do Brasil e os incêndios recentes no Pantanal contribuíram, ainda mais, com o risco de extinção de espécies, principalmente no que tange a perda ou alteração de habitat dessas espécies”.

A pesquisadora alerta para a necessidade de se atuar ainda mais para conservação ambiental, tentando reduzir o impacto sobre essas espécies, porque a velocidade de identificação e catalogação de novas espécies, em sua opinião, é menor do que a velocidade de degradação ambiental atual. Por esta razão, se faz necessário atuar mais fortemente e, de maneira especial, na educação ambiental da sociedade em geral.  

Veja a reportagem aqui