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Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais desenvolve ações para o resgate da Cafeicultura no Brejo Paraibano

por Ivandro Candido publicado: 25/08/2020 17h46, última modificação: 25/08/2020 17h54

(Com informações e fotos do prof. Guilherme Podestá) 

A cultura do café teve seu ciclo no Brejo Paraibano durante a segunda metade do século XIX até início do século XX, chegando a cerca de 6 milhões de pés de café plantados em municípios como Alagoa Nova, Areia, Bananeiras e Serraria. Por volta de 1920 a praga denominada Cerococus parahybensis se alastrou pelos cafezais e, juntamente com a falta de investimento e assistência técnica, a cultura foi praticamente dizimada da região.

Em 2017, O Professor Guilherme Podestá, coordenador do projeto, deu início às ações para o resgate da cultura na região, com o apoio do da Direção do Centro de Ciências Agrárias e de professores do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA/CCA/UFPB). A parceria foi firmada com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a qual forneceu sementes de 21 genótipos de Coffea arabica. O primeiro experimento foi montado na Fazenda Experimental Olhos D’água e até o momento, as plantas se desenvolvem muito bem (Fig 1).  

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Figura 1. Experimento com 21 genótipos de Coffea arabica da EPAMIG

O segundo trabalho com a cultura iniciou-se em 2019, com o projeto de iniciação científica intitulado “Resgate da Cafeicultura no Brejo Paraibano”. Este encontra-se em fase de produção de mudas, e conta com seis variedades de Coffea arabica tradicionais das regiões produtoras de Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Fig 2). Para este trabalho, já foi firmada parceria com a prefeitura de Areia – PB, através da qual instalaremos experimentos de adaptação de variedades em propriedades rurais do município.

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Figura 2. Produção de mudas de variedades tradicionais de Coffea arabica

Pretende-se, ainda, desenvolver um trabalho com variedades de Coffea canephora para então, definirmos quais genótipos se adaptam à região e assim, estabelecermos um plano para quem sabe, um novo ciclo da cultura no município de Areia e também na região do Brejo Paraibano. Acredita-se que o café aqui produzido apresente características sensoriais únicas, uma vez que o clima da região diferente do restante das regiões produtoras de café do Brasil.  Além disso, com o potencial turístico da região, podemos agregar valor ao produto, com marcas próprias e comércio em estabelecimentos da região.

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