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Cineclubes em bibliotecas universitárias

Os cineclubes podem ser boas ferramentas, pois são capazes de reunir a comunidade, de estimular o debate, a reflexão crítica e a troca de saberes
publicado: 26/04/2021 10h44, última modificação: 26/04/2021 11h28

     Tradicionalmente, as bibliotecas universitárias têm como principal função, tratar, organizar e disseminar informações para dar suporte à comunidade acadêmica em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, para além dos serviços técnicos desempenhados por estas instituições, é desejável que os profissionais que nelas atuam pensem em atividades culturais a fim de transformá-las em espaços de convivência para a comunidade de usuários, bem como para a população que se encontra no seu entorno.

     Dentre as atividades culturais que podem ser realizadas no âmbito das bibliotecas universitárias estão: clubes de leitura, oficinas, rodas de conversa, palestras, minicursos, e a exemplo do que vem sendo realizado pela Biblioteca Setorial Francisco Tancredo Torres, também é possível trabalhar com a linguagem audiovisual através da criação de cineclubes.

         A Agência Nacional de Cinema (Ancine) em sua Instrução Normativa n.º 63, de 02 de outubro de 2007, define os cineclubes como “espaços de exibição não comercial de obras audiovisuais nacionais e estrangeiras diversificadas, que podem realizar atividades correlatas, tais como palestras e debates acerca da linguagem audiovisual”, e que têm como objetivo “a promoção da cultura audiovisual brasileira e da diversidade cultural, através da exibição de obras audiovisuais, conferências, cursos e atividades correlatas.” (ANCINE, 2007).

      Uma das formas de se criar um cineclube no âmbito da biblioteca universitária é por meio dos editais de Extensão. Em 2020, através do Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX), a Biblioteca Francisco Tancredo Torres iniciou um projeto intitulado “Cine Bruxaxá: uma experiência cineclubista e literária na cidade de Areia”. Trata-se de um cineclube coordenado por bibliotecários, e que em 2021 vai para a sua segunda edição.

     As ações do projeto, que incluem exibições de curtas, palestras, debates e indicações de filmes, foram desenvolvidas remotamente devido à pandemia do Covid-19. Contando com uma equipe de discentes, docentes e servidores técnico-administrativos, o Cine Bruxaxá busca manter em evidência temas como: protagonismo feminino, questões étnico-raciais, comunidades indígenas e LGBTQIA+.

      Para ampliar a atuação cultural das bibliotecas universitárias, os cineclubes podem ser boas ferramentas, pois são capazes de reunir a comunidade, de estimular o debate, a reflexão crítica e a troca de saberes, tudo isso tendo como elemento agregador a linguagem audiovisual. Trata-se também de uma forma de se trabalhar com a informação e de dar visibilidade às bibliotecas, tornando-as locais de acolhimento à comunidade.

 

REFERÊNCIAS
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ANCINE. Instrução Normativa n.º 63, de 02 de outubro de 2007. [Define cineclubes, estabelece normas para o seu registro facultativo e dá outras providências]. Diário Oficial da União. Disponível em: https://www.ancine.gov.br/pt-br/legislacao/instrucoes-normativas-consolidadas/instru-o-normativa-n-63-de-02-de-outubro-de-2007. Acesso em: 24 abr. 2021.

   

Magnólia Felix de Araújo
Bibliotecária-Documentalista BS/CCA/UFPB